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Ausência...




A ausência é inexistência da presença causadora de dor no peito por um nome que se chama. De uma foto que traz muito mais uma lembrança.

A ausência ela que é prima primeira da saudade, que traz em si a mesma crueldade de levar quem nós é essencial.

A ausência que é falta simplesmente a falta da melhor parte. A parte que me cabia sentir e ressentir a falta da vida..

O sentido figurado e reconfigurado do determinismo do ser me mostra com tamanha crueldade que meu coração se apaixonou sem medo sem reservas. Mas restou-me a ausência..
Se eu fosse definir a minha ausência me prenderia a uma determinada data. Primeiro de Maio.

Quão desesperado é esse meu calendário que decorre cada dia mais rápido e vem me lembrar de quando a ausência era simplesmente a falta de ar nos meus exercícios físicos tão corriqueiros.

Desespero-me a rezar para que o tempo pare por que já me basta os meus tão habituais exercícios de memoria que me trazem fotos, momentos, sentimentos e confusões.

Há mas como era bom, mas passou. E eu nem pude aproveitar porque quando dei por mim já havia acabado...

Se eu tivesse uma maquina do tempo eu não voltaria atrás, não eu me levaria até o tempo que a minha ausência me deixará porque aquela que me completaria assim retornaria e tomaria o lugar tão cobiçado....

Mas ultimamente está difícil acreditar em tal futuro. Talvez tenha acabo enfim e eu sou extremamente insistente a me questionar o retorno.

Por isso peço ao tempo não que o passado volte, mas que o futuro me revire e leve as ausências. Para que eu possa de novo escrever de amor de um futuro melhor e de um sonho que se sonha acordado.

D.L.I........14/04/2013 


Estou Apagando.... _Soneto_




Somos Lâmpadas..,

Mas lâmpadas que clareiam as escuridões uns nos outros. Descobri que não podemos clarear a nossa escuridão. Há muito tempo eu estava escuro encontrei uma luz radiante, mas ela se foi, eu não sabia o que era viver na luz até aquele dia.

Com o tempo eu havia me acostumado não com a sombra que ficava ao lado oposto daquela luz, mas havia me acostumado a enxergar a lâmpada e eu prematuramente acabei me apaixonando. Mas a luz se foi.

Voltei à escuridão e já faz quase um ano desde então. Eu parei de iluminar os outros e sei que aos poucos venho me apagando. E eu não fico triste com isso a escuridão se tornou minha amiga porque ele me esconde dos outros e até de mim mesmo.


Mas de vez enquanto sinto falta da luz e saio por ai mendigando alguém que me ilumine. Confesso que muitas vezes ainda me volto a aquela lâmpada para ver as fotos, tocar às vezes na sombra dela.

Mesmo sabendo que ao chegar perto dela eu verei o meu rosto já quase desfalecido pela dor e perceber que eu me esqueci de mim. E já não tenho mais o mesmo sorriso. Não que eu sorria antes, mas que as mentiras que eu me contava eram reais para mim.

Tudo se foi restou somente esperar ansiosamente o momento que não serei obrigado a me acender mais porque é assim que vivo na escuridão desacreditado da luz, abraçando a dor e me acostumando a mendigar o que não posso obrigar..

As lâmpadas que encontro por aí tem me falado sempre “Você esta estranho!” Bem as repreendo e digo que não! Porque na verdade eu sei. Estou me apagando e de fato estou assim não por que eu cansei da luz. Não! Lâmpadas não apagam por causa disso. Eu estou me apagando porque não acredito mais que as coisas possam mudar.

Cansei de me iludir, cansei de esperar dias melhores ou dias de glória. Eu cansei de cantar. Eu cansei e estou me apagando....

D.L.I..............13/04/2013


A PERCA DA POSSE...Livro a Face do Poeta Oculto...



Quantos minutos seriam necessários para definir a vida. Não dá pra explicar a vida é definida em dois atos. Quando nascemos enchemos o pulmão de ar, e quando morremos expulsamos o ar. O por outro lado algumas ideologias religiosas explicam que após a morte vamos para um lugar melhor, já outras nem definem decidem nem questionar. Eu decidi não escutar nenhuma corrente ideológica ou cética. Não por que sou covarde para admitir certas verdades, mas por que já há duvidas e perguntas demais para que eu me preocupe com algo é determinativo no estado vivífico e indeterminado no estado temporal.


Outro dia escutei de uma pessoa uma simples pergunta. Por que você está tão triste? Eu não soube explicar, pra falar a verdade eu não quis explicar. Eu somente abaixei a cabeça e disse, “Estou apagando”. Todos nós passaremos pelo momento, que vamos ter de reconhecer que o por do sol do dia em vivemos talvez seja último para nós. Uma pessoa do qual tenho muita afeição me disse que eu estava falando besteiras. Mas engraçado as pessoas que me encontraram nesses dias não duvidaram de mim. Alguns até admitiram involuntariamente essa verdade, que a morte é eminente para os que não têm esperança. Essa é uma lei natural e também sobrenatural.

Natural no sentido explicito no ciclo vida e sobrenatural o sentido fictício que denominamos de psíquico. Qual seria a verdade sobre esse cosmos que por mais dia que se passa torna-se o que era no princípio CAUS. Eu não sei explicar, por que as teorias e sentidos dos quais vivenciamos fogem para longe do que todos os filósofos, e sociólogos pensaram. Confesso que outro dia estava terminando de ler um livro do fenomenal Luc Ferry do qual trazia a reflexão da revolução do amor. Nele ele explicava a corrente que se decorre fazendo um traço analítico comportamental da história sobre o que davam a vida no passado e o que damos. Como por exemplo, hoje seriamos capazes de dar a vida por qualquer pessoa que “implicitamente amamos” e no passado as grandes massas davam a sua vida pela fé que professavam.


Luc Ferry fez uma excelente análise, mas eu partindo do meu preconceito e sendo de uma geração diferente da dele. Não chamaria essa nossa nova onda de dar a vida por algo ou alguém de “amor”, mas sim daria o nome de posse. Porque sendo um exímio estudioso das massas ao meu redor percebo que o amor não é tão importante assim. Mas a posse sim, o ato mais simples que revejo essas atitudes é no relacionamento dos meus amigos mais próximos. Vejo neles não é o medo de perder o amor, mas involuntariamente o medo de perder a posse que lhes cabe. E é duro admitir, mas vejo esse sentimento muitas vezes em mim mesmo.


E quando vemos esse sentimento de perder a posse começamos a questionar a vida e consequentemente começamos também pensar e repensar a nossa história. Por isso referia acima sobre o termo de que estou apagando. Um homem sem esperança é homem que se perdeu de si mesmo e dos outros. Para ele pouco importa os demais ao seu redor a posse não é mais realidade e se torna passado. Todos nós somos como lâmpadas. Mas lâmpadas que clareiam as escuridões uns nos outros.

D.L.I...........13/04/2013


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